No Galho

Fui ao cinema drive-in, mas como não tinha carro fui de taxi. O filme custou-me 95 €, pipocas incluídas.

Não há nada tão confortante como a nova lareira-micro-ondas que acabei de instalar. Ontem à noite sentei-me a ver o fogo e a relaxar durante dois minutos, e fiquei como novo.

Um amigo meu inventou um protótipo de automóvel amigo do ambiente: só funciona com eletricidade estática. Mas aquilo não é muito práctico. Para ligar o carro tem que se esfregar balões na cabeça, para ouvir rádio despe-se uma camisola de lã muito depressa...

Os antigos romanos dominavam a álgebra com mestria, mas principalmente porque para eles o "X" era sempre igual a 10.

Outro dia fui ao canil municipal e fiz de conta que tinha encontrado o meu cão. Depois disse-lhes que podiam abater o animal, até porque já tinha dado todas as coisas dele. Os amigos dos animais não têm sentido de humor nenhum.

Muitas vezes, quando estou a ler um livro de que gosto muito, páro e telefono à minha professora da primária para lhe agradecer. Quer dizer, costumava fazer isso, até que recebi aquela ordem do Tribunal.

Estava eu num encontro às cegas quando percebo que aquilo não ia a lado nenhum e entrei em pânico. Fugi para casa e fiz-me de morto. Até telefonei a todos os jornais para publicar o meu falecimento nos obituários. Não sei porquê, desta vez não acreditaram. Talvez por ter telefonado da última vez a queixar-me de que tinham escrito mal o meu nome.

Enquanto via o noticiário apercebi-me de uma coisa: a independencia de países como a bósnia-herzegóvina está destinada ao fracasso porque ninguém consegue gritar o nome do pais nas manifestações.